domingo, 3 de fevereiro de 2013

Minha vida é um limerick

No final da última postagem do blog, fiz uma tímida aproximação entre o comportamento unusual dos personagens dos limericks com a vida pessoal de Edward Lear, marcada por longos períodos de solidão e reclusão. Essa semana encontrei essa fala de Lear (a fonte da qual a retiro não deixa claro se o trecho é oriundo de uma carta ou de alguma forma de um ensaio):

"Você pode sentir-se estranho e diferente, e podem existir certas coisas que o anulem, mas num mundo imaginário onde as pessoas têm narizes e pernas singulares e os modos mais estranhos de expressão, onde elas procuram seres excêntricos com quem possam se identificar e onde encontram ainda a bondade e espontaneidade, você provavelmente nunca se sentirá só." 

Fica nítido, então, o que era apenas uma suposição: a obra de Lear é uma forma que o autor encontrou para responder a algumas de suas próprias necessidades, refletindo muito de sua vida pessoal.

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